O funkeiro é investigado por envolvimento em um esquema de pagamento de propinas a policiais para garantir a impunidade de suas atividades online
O mundo do funk foi abalado na manhã desta quinta-feira (12) com a deflagração da Operação Latus Actio II, que teve como um dos alvos o famoso MC Paiva. O artista, conhecido por hits como "Casei com a Putaria", é investigado por envolvimento em um esquema de corrupção e contravenções penais, relacionadas à exploração de rifas ilegais e jogos de azar na internet.
De acordo com as investigações, Davi Paiva, nome de batismo do funkeiro, teria oferecido subornos a policiais civis para garantir a proteção de seus perfis nas redes sociais. Com mais de 8 milhões de seguidores no Instagram, MC Paiva utilizava suas plataformas digitais para promover rifas ilegais, prática considerada crime no Brasil. Ao pagar propinas, o artista visava evitar a apreensão de suas contas e, consequentemente, proteger sua imagem e fonte de renda.
A operação da Polícia Federal, que teve início em março deste ano, revelou um esquema maior de corrupção envolvendo policiais e influenciadores digitais. Os agentes de segurança solicitavam pagamentos para não bloquear as contas de artistas e famosos envolvidos em atividades ilícitas, como a promoção de rifas e jogos de azar.
A investigação chama a atenção para o crescente uso das redes sociais para a prática de crimes e a necessidade de maior fiscalização sobre essas plataformas. A Polícia Federal alerta para os riscos de participar de rifas e jogos de azar promovidos por influenciadores digitais, pois muitas vezes essas atividades são ilegais e podem resultar em prejuízos financeiros para os participantes.
Até o momento, MC Paiva não se pronunciou sobre as acusações. A investigação segue em andamento e a Polícia Federal busca identificar outros envolvidos no esquema.
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